sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Os coalas vão à praia.


De tempos em tempos, os coalas ficam cansados da estressante rotina da cidade grande e quando esta situação se torna insustentável eles chutam o balde. Tal atitude, que obviamente nada tem a ver com utilizar as pernas para impulsionar um balde rumo à estratosfera, pode ser expressada das mais variadas formas, sendo uma temporada à beira-mar a mais interessante para ser descrita neste blog.
Para um coala, ir à praia está longe de ser uma atividade simples. Semanas de planejamento são necessárias para, por exemplo, passar da melhor forma possível pela correria de ter que pegar Pi ônibus até o litoral. No entanto, quando o coala finalmente chega em seu destino ele se deixa levar talvez pela maresia ou quem sabe por alguma vibração ainda desconhecida pela física moderna e entra num clima de total relaxamento, se antes o coala vivia a base correria e fumaça, na praia ele goza de uma rotina totalmente diferente.
Quando se está na costa, nada melhor do que começar o dia olhando o nascer do sol à beira-mar. Isto é, para os que conseguem acordar tão cedo, pois alguns coalas quando imersos no "modus relaxus" só acordam com o cheiro do churrasco preparado por seus amigos marsupiais. Impossível não imaginar um coala preguiçoso sentado numa cadeira de praia degustando um suculento pedaço de carne enquanto ouve reggae, e isso não pode estar mais próximo da realidade! No entanto, a vida na praia é muito mais do que isso e logo os marsupiais se reunem para queimar na praia as calorias ganhas durante o churrasco. Modalidades bem particulares como Volei d'água" e "bobinho" são uma constante, isso sem falar nas trilhas tão adoradas por lembrar o passado nas florestas australianas.
Engana-se quem pensa no por-do-sol como um vilão na busca do coala pela sua merecida diversão. É quando chega a noite que começam as festas, os luais, os rituais marsupiais envolvendo dread-locks, sacos de plástico, danças exóticas tudo isso com a Lua cheia como testemunha, soberana mesmo num céu repleto de estrelas.
Infelizmente todas as coisas boas tem um fim, o descanso de um coala engenheirando não poderia ser diferente, por mais que se tente adiar. no fim as malas são arrumadas e a praia se transforma em memórias e fotos, milhões delas, que deixam na mente marsupial uma única certeza. A de que é preciso fazer tudo isso novamente.

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